Tentamos encontrar a
perfeição em frente ao espelho, aquele espelho que a sociedade oferece
às mães, assim que os filhos as ensurdecem com o seu primeiro grito.
Crescemos
e há uma vaidade que cresce connosco, empurrando-nos para a ação,
obrigando-nos a atravessar espaços cada vez mais limitados.
Não
autorizamos o reflexo de cicatrizes, não destapamos o que todos dizem ser o que verdadeiramente importa... ao invés disso, embaciamos as feridas, impomos o
nosso melhor lado e oxidamos os mais ínfimos defeitos.
Temos medo. Sim. Temos medo do que nos parece diferente, sentimos vergonha da pobreza e
enojamo-nos com a doença até que a mesma nos bata à porta.
Mas quem seríamos afinal, se não existisse o medo?
Mostrar-nos-íamos assim, perfeitamente idiotas? **
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